Andrea Marzagao e Janaina Araujo- Turismo pré e pós o novo coronavírus: positivismo . "Venceremos em todas as frentes" .
Hoje, Andrea Marzagao - CAMPINAS,SP, CEO da Gaia Turismo em Campinas (SP), expôs sua opinião a respeito dos efeitos da pandemia causada pelo Covid-19 (coronavírus) no setor turístico. Desde 2017 atuando em sua própria agência, a empresária apresenta características do setor antes da chegada da doença e suas perspectiva para o período pós crise.
Com Janaína Araujo, conhecida no TRADE brasileiro devido sua larga atuaçao em várias frentes do turismo nacional e internacional (veja abaixo sua posiçao frente a pandemia atual NR), as executivas vao comentar sobre os destinos que já estao abertos.
Andrea conta: (fonte: Brasilturis Jornal)
“- Sou agente de viagens há 29 anos, sendo os últimos 3 pela minha própria agência. Passei por telex, OAG, fax, emissão manual, plano Collor, 11 de setembro, e ainda acredito que NADA tem o poder de derrubar uma pessoa adaptável. O momento pede paciência, flexibilidade e positividade.
Havia um desequilíbrio enorme no trade (de turismo) e no mundo. Grandes desequilíbrios financeiros e comerciais. Companhias aéreas e OTAs (Online Travel Agency) arrogantes ganhando milhões, agentes de viagens mal pagando as contas, passageiros roubando consultoria gratuita para comprar na internet por 2 dólares mais barato, blogueiros e “celebridades” despreparados se misturando a profissionais e jornalistas sérios em troca de likes. Isso vai mudar, já está mudando.
Com a chegada do coronavírus e cancelamento de voos e fechamento de hotéis, atrações e países, muitos passageiros que compraram nas OTAs se prejudicaram, ficaram sem produto, sem atendimento, com reembolso pífio. Nunca antes na história se arrependeram tanto de não terem comprado de uma agência de viagens.
Mas nós esquecemos (a maioria dos agentes) de preservar o valor da consultoria nos casos de reembolso. Não existe reembolso integral! O serviço foi prestado, e não se pode voltar atrás e pegar de volta as contas pagas, os salários dos funcionários, os encargos governamentais quitados. Um advogado não devolve honorários porque perdeu a causa. Um médico não devolve o valor da cirurgia onde o paciente morreu.
Acredito que o surto do vírus dure no máximo 3 meses mas os efeitos econômicos serão sentidos até dezembro. Tenho certeza que surgirão vacinas e tecnologias mirabolantes com soluções, mas a solução do turismo somos nós, nos aperfeiçoando, aprendendo com os bons blogueiros e influencers, fazendo parcerias, sendo autênticos. O que vale muito:
Havia um desequilíbrio enorme no trade (de turismo) e no mundo. Grandes desequilíbrios financeiros e comerciais. Companhias aéreas e OTAs (Online Travel Agency) arrogantes ganhando milhões, agentes de viagens mal pagando as contas, passageiros roubando consultoria gratuita para comprar na internet por 2 dólares mais barato, blogueiros e “celebridades” despreparados se misturando a profissionais e jornalistas sérios em troca de likes. Isso vai mudar, já está mudando.
Com a chegada do coronavírus e cancelamento de voos e fechamento de hotéis, atrações e países, muitos passageiros que compraram nas OTAs se prejudicaram, ficaram sem produto, sem atendimento, com reembolso pífio. Nunca antes na história se arrependeram tanto de não terem comprado de uma agência de viagens.
Mas nós esquecemos (a maioria dos agentes) de preservar o valor da consultoria nos casos de reembolso. Não existe reembolso integral! O serviço foi prestado, e não se pode voltar atrás e pegar de volta as contas pagas, os salários dos funcionários, os encargos governamentais quitados. Um advogado não devolve honorários porque perdeu a causa. Um médico não devolve o valor da cirurgia onde o paciente morreu.
Acredito que o surto do vírus dure no máximo 3 meses mas os efeitos econômicos serão sentidos até dezembro. Tenho certeza que surgirão vacinas e tecnologias mirabolantes com soluções, mas a solução do turismo somos nós, nos aperfeiçoando, aprendendo com os bons blogueiros e influencers, fazendo parcerias, sendo autênticos. O que vale muito:
- Nosso atendimento humanizado;
- Nossa consideração e amor pelos clientes;
- Nosso respeito a pessoas, não a números.
O futuro será maravilhoso, mais compassivo, menos ganancioso. Haverá menos extremos sociais, mais respeito a natureza. Haverá demissões, infelizmente. Atualmente há muitos profissionais ruins no mercado, e na lei da oferta e procura e evolução das áreas, serão mantidos quem tiver mais experiência, flexibilidade, falar outros idiomas, conhecer sistemas GDS, conhecer outros países, estar aberto a mudança e novos aprendizados, ser gentil e empático, e para isso você não precisa necessariamente de um diploma. Mas precisa ser adaptável a novos cenários.
Na hora incerta se conhecem os parceiros certos. Quem ficar só reclamando, não terá mais espaço no trade. Robôs são excelentes, mas não conseguiram fazer sequer uma reacomodação, ajuste de voo, reembolso de hotel, alteração de pacote que seja.
Essa temporada atendi clientes diretos da CVC, United, Air Canada, Decolar e Expedia. São amigos, parentes, desavisados que ficaram sem conseguir falar com quem lhes vendeu o serviço. Ajudei como pude, pendurada no telefone por horas. Não fiz a venda, mas fui solidária e profissional, espero que compreendam a importância da nossa profissão.
Hora de demitir clientes desonestos (o mercado está lotado de espertinhos com cartões clonados em vendas de última hora) e operadoras interesseiras, que só investem em propaganda, mas quase não dão valor às pessoas que fazem o turismo girar no Brasil.
Na hora incerta se conhecem os parceiros certos. Quem ficar só reclamando, não terá mais espaço no trade. Robôs são excelentes, mas não conseguiram fazer sequer uma reacomodação, ajuste de voo, reembolso de hotel, alteração de pacote que seja.
Essa temporada atendi clientes diretos da CVC, United, Air Canada, Decolar e Expedia. São amigos, parentes, desavisados que ficaram sem conseguir falar com quem lhes vendeu o serviço. Ajudei como pude, pendurada no telefone por horas. Não fiz a venda, mas fui solidária e profissional, espero que compreendam a importância da nossa profissão.
Hora de demitir clientes desonestos (o mercado está lotado de espertinhos com cartões clonados em vendas de última hora) e operadoras interesseiras, que só investem em propaganda, mas quase não dão valor às pessoas que fazem o turismo girar no Brasil.
Vai sobreviver a operadora que já negociar valores de serviços, hospedagens e tours a partir de julho/2020, Natal, Reveillon, férias e carnaval, as que forem mais flexíveis e tiverem suporte 24 horas. O mercado é igual a teoria da evolução de Darwin: só sobrevive quem se adapta a novos cenários. Sem pessoas, o turismo não existe! Sairemos muito mais fortalecidos!”
Sobre Janaína Araújo:
Onde faremos a diferença
Por Janaína Araújo*
A quarentena chegou ao Brasil de forma tão rápida que, por mais que os países do primeiro mundo já estivessem inseridos na realidade de uma pandemia, não achávamos que seria assim, abrupta, cruel, colocando em riscos vidas humanas e levando a banca rota muitos setores da economia.
Na luta pela sobrevivência alguns segmentos estão se reinventando. Lojas de shoppings investido no drive thru; restaurantes com delivery; quem decorava festas com rosas, passou a desenvolver arranjos florais para datas comemorativas, como Dia das Mães, Namorados e Aniversários.
Contudo, outras importantes atividades que movimentam a economia, geram empregos e rendas, foram impactadas de tal maneira cujos e pés e mãos foram atados, imobilizados e engessados. O mais grave de todos nesse cenário é sem dúvida o Turismo.
A crise do coronavírus gerou até agora um prejuízo de R$ 3,9 bilhões para as operadoras de turismo no país, segundo a Braztoa, associação que reúne as empresas responsáveis por 90% das viagens organizadas de lazer. Em março, 45% das operadoras não realizaram nenhuma venda. Outras 45% tiveram, no máximo, um décimo do volume comercializado no mesmo mês do ano passado.
Por mais que os números atuais sejam catastróficos o mercado de viagens após a pandemia - porque ela vai acabar- estará muito mais fortalecido, principalmente pelas transformações que cada indivíduo está passando em seu isolamento. De acordo com a plataforma de pesquisa SiiLA Brasil, especializada no monitoramento dos imóveis corporativos na América Latina, as pessoas que estão hoje em seus home offices hoje, a grande maioria, não se adaptaram totalmente, e a análise também aponta que os profissionais estarão sedentos por contatos humanos.
Saudades de parentes e amigos distantes, de paisagens que marcaram momentos da vida ou aquela viagem tão prometidas com certeza será alcançada em período quando tudo isso passar. Dados levantados pela Mapie Consultoria mostra que a região Nordeste está na mente dos consumidores como destino mais desejado quando a pandemia de coronavírus acabar. Em seguida estão as praias regionais de São Paulo, a Serra Gaúcha e o Rio de Janeiro.
O historiador Yuval Harari, considerado um dos maiores pensadores da atualidade, em suas publicações antes da pandemia dizia que os algoritmos determinariam as nossas escolhas, nossos hábitos de consumo, nossas profissões, entre outras coisas mais. Claro que ele está certo. Prova disso basta procurar por um eletrodoméstico, uma pousada ou pesquisar o valor de uma passagem aérea para depois, em todos os sites ou mídias sociais que a pessoa entra o que foi buscado ficar pipocando na sua tela o tempo todo. Ultimamente desconfia-se que a inteligência artificial esteja lendo até pensamentos.
E é justamente nesta crise que o agente de turismo tem a oportunidade de mostrar o seu diferencial. A tecnologia não é a inimiga é a aliada para quem se empenhar em estudos para oferecer o melhor ao seu cliente que se sente perdido com tantas ofertas, com a invasão da sua privacidade, carentes e ávidos pela sua liberdade de volta.
O agente de viagem é a ponta de uma cadeia produtiva de alto impacto econômico. Em anuário publicado em março de 2019, a Associação Brasileira das Operadoras de Turismo (Bratzoa) divulgou que, em 2018, o faturamento das empresas associadas chegou a R$ 13,1 bilhões, um crescimento de 7,4% em relação ao período anterior. A associação afirma que os números reforçam a capacidade do segmento em induzir o desenvolvimento do país.
A mesma entidade publicou este mês uma pesquisa que revela que 70% dos brasileiros têm intenção de viajar ainda este ano. Dos 60% dos viajantes que tiveram seus planos alterados, 56% adiaram e 36% cancelaram suas viagens. Para 2021, os planos de viagens aumentam (82%), uma vez que 67% dos entrevistados acreditam que a pandemia vai durar até seis meses. Dos 23,3% dos entrevistados que fizeram alterações, 51% adiaram e 12% cancelaram.
A importância do agente de viagem é tanta que a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), órgão do Ministério da Justiça e Segurança Pública, emitiu parecer histórico, via Nota Técnica 24/2020, estabelecendo regras mais claras em cima das determinações da MP 948 (a MP do Consumo, de 8 de abril). Nela o reconhecimento aos profissionais os desoneram de ter de arcar com total de custos em caso de desistência ou cancelamento de viagens. É uma grande vitória para a categoria.
Entramos em uma era complexa, na qual criatividade, inteligência emocional, empatia, colaboração farão total diferença. Ofereçam para os seus clientes o intangível, estudem cada detalhe, gostos, interesses. Saiba tudo sobre a cidade que ele deseja conhecer. Mais do que formatar um pacote de viagens com equações perfeitas do ponto de vista econômico. O agente de turismo agora tem de ser um alfaiate de sonhos, tudo sob medida.
Crie vínculos afetivos com o seu cliente que jamais serão esquecidos. Crie vínculos afetivos com os lugares em que vocês se especializaram. Por fim quero dizer que existe sim uma grande oportunidade em tudo isso e que a partir de agora só depende de você dar o start na sua carreira. (Elenita Fogaça, Editora Senior)
*Janaína Araújo é empresária do setor de turismo e diretora-presidente da Lékè Representação, responsável pelo Desert Summit Brazil 2021 e representante no país da Ilha de Curaçao
Foto- Janaina Araujo é destaque no noticiário nacional (abaixo Goiania, Goiás)
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