Ana Karin Dias Almeida Andrade (PR-SP) acredita que todos os esforços que empreendeu como prefeita de Cruzeiro para que a cidade fosse contemplada com uma estação própria de tratamento de esgoto não foram levados adiante. Ao menos é o que sugere uma matéria veiculada, recentemente, pela Rede Globo, no "SPTV - 1ª edição", sobre a ausência de políticas públicas de saneamento básico no município. Assim que foi eleita para a gestão 2009/2012, a republicana deu início às tratativas políticas com esferas superiores, visando à construção da central, trabalho que teve continuidade com sua reeleição e que também beneficiaria o rio Paraíba do Sul, onde ainda é feito o despejo de parte dos dejetos sem o adequado manejo.
Ana Karin lamenta fato de Cruzeiro
ainda não ter seu esgoto tratado
Reportagem que foi ao ar recentemente pela TV Globo, no
"SPTV - 1ª edição", abordou a problemática da cidade que, mesmo com
seus quase 80 mil habitantes, ainda não conta com sistema próprio de captação e
tratamento de resíduos; trabalho desenvolvido durante as gestões da republicana
para a construção da central não foi levado adiante pelo atual governo
Ana Karin Dias Almeida Andrade (PR-SP)
acredita que todos os esforços que empreendeu como prefeita de Cruzeiro para
que a cidade fosse contemplada com uma estação própria de tratamento de esgoto
não foram levados adiante. Ao menos é o que sugere uma matéria veiculada,
recentemente, pela Rede Globo, no "SPTV - 1ª edição", sobre a
ausência de políticas públicas de saneamento básico no município. Assim que foi
eleita para a gestão 2009/2012, a republicana deu início às tratativas
políticas com esferas superiores, visando à construção da central, trabalho que
teve continuidade com sua reeleição e que também beneficiaria o rio Paraíba do
Sul, onde ainda é feito o despejo de parte dos dejetos sem o adequado manejo.
Cruzeiro tem cerca de 80 mil habitantes, 113 anos de existência e 304,572 quilômetros
quadrados de extensão. Endereço de grandes empresas, incluindo multinacionais,
é um dos municípios mais pujantes do Vale do Paraíba. Contudo, ainda é
primitivo no que diz respeito ao tratamento que dá ao esgotamento urbano. No
Plano de Governo das eleições de 2012, Ana Karin colocou como prioridade a
obtenção de licenças e de recursos que pudessem fazer com que a cidade ganhasse
sua central. Segundo a republicana, o trabalho foi iniciado logo no primeiro
dia de governo, tendo em vista a complexidade do projeto, e abarcou diversas
reuniões no Ministério das Cidades e na Secretaria de Estado de Recursos
Hídricos:
"Já sabíamos que isso não existiria do dia para a noite. Demanda tempo,
paciência, investimento vultoso, autorização e acompanhamento de órgãos
ambientais e, sobretudo, articulação política. Não adianta alguém chegar agora
e dizer que semana que vem vai estar pronto. Em administração pública, não se
trabalha com achismos, discursos rasos e mágica. Tudo tem começo, meio e fim,
tempo de plantar e tempo de colher. Dei o pontapé inicial, fiz a manutenção,
cobrava a União e o governo estadual, diurnamente. Mas, pelo o que assisti na
Globo, dias atrás, todas as reuniões que fiz, custeadas, inclusive, com o
dinheiro do contribuinte, foram ignoradas. Caso tivessem levado adiante meus
primeiros passos, Cruzeiro já estaria se preparando para inaugurar sua central
de tratamento ", observa a republicana.
Na semana passada, uma matéria exibida pelo Jornalismo da Rede Globo, no
"SPTV - 1ª edição", ancorado por César Tralli, abordou o fato de Cruzeiro ainda não ter sua
rede própria de
esgotamento sanitário. No
material, a emissora ainda informa que, por dia, o rio Paraíba do Sul recebe
cerca de 800 milhões de litros de dejetos.
Segundo
o engenheiro Luiz Carlos Mattesco Sodero Horta, diretor-geral do Serviço
Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) de Cruzeiro na gestão de Ana Karin, a Agência
Nacional de Águas (ANA) estipulou o dia 4 de julho de 2014 como limite para a
entrega de documentos por parte dos municípios que tinham a intenção de aderir
ao Programa de Despoluição de Bacias Hidrográficas (Prodes). Tudo foi
encaminhado para Brasília em tempo, e o projeto que Cruzeiro elaborou foi
aprovado pela União:
"Seguimos passo a passo tudo o que foi nos solicitado, para que o
município tivesse sua Estação de Tratamento de Esgoto, a ETE. Infelizmente,
parece que nada foi para a frente, desde que a prefeita se ausentou da cadeira.
Quem ficou em seu lugar não levou adiante tudo o que fizemos, por tempos e
tempos", lamenta o profissional.
Horta reitera
que, apesar de Cruzeiro, hoje, ter 0 % de esgoto tratado, não há notícia de que
o SAAE e/ou a prefeitura estejam fazendo algo para reverter esse quadro.
O especialista lembra, inclusive, que cidades menores, como é o caso de
Lavrinhas, que fica a sete quilômetros de distância de Cruzeiro, já estão
implantando sistemas de tratamento de esgoto próprios:
"Inclusive, municípios que não cumprirem a determinação do governo federal
quanto à elaboração e à execução de seus Planos de Saneamento Básico estarão sujeitos a
pesadas sanções", reforça Horta, que por 20 anos trabalhou no Bank of
America, nos Estados Unidos, e no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
(INPE).
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